segunda-feira, 1 de maio de 2023

Direto Para o Inferno

Pâmela não gostou muito da ideia de ser a nova garota do bairro, pois era muito difícil para ela fazer amigos. Ele não gostava da solidão, mas no momento era tudo o que tinha.

Com o passar dos dias, apenas um menino se aproximou dela, não era o melhor candidato para incluí-la no círculo social, pois as pessoas o classificavam como "estranho", mas Pâmela se sentia bem em sua companhia. Ele era neto do antiquário e sempre trazia algo nas mãos para mostrar ao novo amigo. Assim as horas voavam, premiando histórias a cada novidade.

Ganhando mais confiança, o menino resolveu levá-la à loja, para que o avô lhe mostrasse objetos mais interessantes. Entre eles estava uma chave antiga, que, segundo ele disse, servia para abrir as portas do próprio inferno. Os três levaram na brincadeira, pois era muito difícil para eles acreditar naquela teoria e, claro, o velho nunca a havia verificado.

Porém, o jovem tinha outra coisa em mente, queria levá-la para o quarto onde guardavam armaduras, joias e coisas realmente valiosas. Tentaram entrar quando o avô foi atender um cliente, mas a porta estava trancada, não de propósito, a fechadura simplesmente não funcionava; então o jovem pediu a Pâmela que lhe trouxesse algo para empurrar o mecanismo.

A coisa mais próxima que tinha era a chave, que o homem havia deixado sobre a escrivaninha, e foi ela que deu ao menino.

Ao aproximá-la da fechadura, um brilho vermelho foi visto sob o portal e, uma vez dentro, a chave mudou para se encaixar perfeitamente no mecanismo. No segundo, a porta se abriu, deixando sair uma fumaça espessa e escura.

Depois disso tudo foi gritaria e desespero, quando os vizinhos vieram ver o que estava acontecendo, só encontraram o pobre antiquário caído no chão, chorando e dizendo que o Diabo saiu por aquela porta e levou as crianças, direto para o inferno.

0 comentários:

Tecnologia do Blogger.

Quem sou eu

Minha foto
Escritor do gênero do Terror e Poeta, Autista de Suporte 2 e apaixonado por Pokémon