Com o passar dos dias, apenas um menino se aproximou dela, não era o melhor candidato para incluí-la no círculo social, pois as pessoas o classificavam como "estranho", mas Pâmela se sentia bem em sua companhia. Ele era neto do antiquário e sempre trazia algo nas mãos para mostrar ao novo amigo. Assim as horas voavam, premiando histórias a cada novidade.
Ganhando mais confiança, o menino resolveu levá-la à loja, para que o avô lhe mostrasse objetos mais interessantes. Entre eles estava uma chave antiga, que, segundo ele disse, servia para abrir as portas do próprio inferno. Os três levaram na brincadeira, pois era muito difícil para eles acreditar naquela teoria e, claro, o velho nunca a havia verificado.
Porém, o jovem tinha outra coisa em mente, queria levá-la para o quarto onde guardavam armaduras, joias e coisas realmente valiosas. Tentaram entrar quando o avô foi atender um cliente, mas a porta estava trancada, não de propósito, a fechadura simplesmente não funcionava; então o jovem pediu a Pâmela que lhe trouxesse algo para empurrar o mecanismo.
A coisa mais próxima que tinha era a chave, que o homem havia deixado sobre a escrivaninha, e foi ela que deu ao menino.
Ao aproximá-la da fechadura, um brilho vermelho foi visto sob o portal e, uma vez dentro, a chave mudou para se encaixar perfeitamente no mecanismo. No segundo, a porta se abriu, deixando sair uma fumaça espessa e escura.
Depois disso tudo foi gritaria e desespero, quando os vizinhos vieram ver o que estava acontecendo, só encontraram o pobre antiquário caído no chão, chorando e dizendo que o Diabo saiu por aquela porta e levou as crianças, direto para o inferno.
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