No momento em que entrei na casa, senti uma sensação avassaladora de pavor. Eu deveria ter voltado naquela época, mas algo me obrigou a continuar. A casa parecia ganhar vida ao meu redor, mudando e mudando conforme eu me aventurava mais fundo. Logo percebi que estava preso lá dentro, sem saída.
A escuridão dentro de casa era sufocante, parecia ter vida própria, era como se quisesse me sufocar. Ouvi sussurros, gritos e gemidos que pareciam vir de todos os lados, como se os espíritos da casa estivessem ao meu redor, observando e esperando. Eu vi figuras fantasmagóricas ao meu redor, seus olhos estavam cheios de raiva e tristeza, era como se eles estivessem tentando me comunicar algo, mas eu não conseguia entender o que eles estavam tentando dizer.
À medida que a noite avançava, comecei a ter uma sensação de morte iminente. Era como se a casa tivesse vida e tivesse uma inteligência malévola, brincava comigo, levando-me à morte. Lembro-me de sentir algo frio e maligno, seguindo-me pela escuridão. Estava sempre fora de vista, mas eu podia sentir seu olhar em mim, sempre observando, esperando. Era como se estivesse jogando um jogo distorcido de gato e rato comigo.
Aventurei-me pelos corredores sem fim, a casa parecia ter uma infinidade de cômodos, cada um mais assustador que o outro. Logo perdi a noção do tempo e meu senso de direção. Era como se a casa estivesse mudando e se contorcendo ao meu redor, impossibilitando que eu encontrasse a saída.
Enquanto eu estava vagando, tropecei em uma sala, diferente de qualquer outra que eu já tinha visto antes. Era uma sala grande, com uma lareira ao centro, e ao redor da lareira havia estátuas de figuras que pareciam estar em angústia. A sala era iluminada por velas e as paredes eram adornadas com símbolos estranhos e inscrições misteriosas. A sala parecia irradiar uma energia misteriosa, era como se algo estivesse esperando por mim.
No canto da sala, havia um velho diário encadernado em couro. Não pude resistir à vontade de lê-lo e, enquanto folheava as páginas, uma percepção fria me ocorreu. O diário pertencia ao antigo dono da casa, que foi levado à loucura pelos espíritos que o assombravam. Eles o atormentaram, levando-o à beira da insanidade, antes de finalmente reivindicar sua alma.
Enquanto lia o diário, pude sentir a presença dos espíritos cada vez mais forte. Os sussurros e gemidos se transformaram em gritos, e as figuras fantasmagóricas ficaram mais violentas. Eles estavam com raiva por eu ter encontrado o diário e estavam determinados a me reivindicar também.
Eu soube então que tinha que sair de casa, mas era tarde demais. Os espíritos fecharam todas as saídas, prendendo-me lá dentro. Eu estava ficando sem tempo e opções, a única coisa que me restava fazer era escrever este aviso, na esperança de que chegue a alguém antes que seja tarde demais.
Eu imploro a você, não cometa o mesmo erro que eu. Fique longe daquela casa amaldiçoada, ou terá o mesmo destino que eu. Os espíritos que residem lá não devem ser tratados com leviandade. Eles são malévolos, poderosos e farão de tudo para reivindicar sua alma. Eu rezo para que você preste atenção ao meu aviso antes que seja tarde demais. Eu posso sentir os espíritos se aproximando de mim, meu tempo está se esgotando. Só espero que este aviso chegue a alguém antes que seja tarde demais.
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