domingo, 4 de junho de 2023

A Idosa

Eu estava voltando para casa depois de um turno noturno no hospital quando meu carro quebrou em um trecho deserto da estrada. Eu estava a quilômetros de distância da civilização e meu telefone não tinha sinal. Eu estava preso.

Enquanto estava sentado em meu carro, sentindo-me impotente, vi uma velha caminhando pela estrada em minha direção. Ela parecia frágil e cansada, e senti pena dela. Baixei a janela e perguntei se ela precisava de ajuda.

A mulher sorriu para mim, e pude ver que lhe restavam apenas alguns dentes. Ela disse que morava perto e se ofereceu para me deixar passar a noite na casa dela enquanto eu esperava o guincho.

Eu estava hesitante, mas não tinha outra opção. Saí do carro e a mulher me conduziu por um caminho estreito que levava a uma casinha em ruínas.

A casa da mulher era velha e mofada, e me senti desconfortável assim que entrei. A mobília era velha e gasta, e as paredes estavam cobertas de papel de parede desbotado. Percebi que não havia fotos de família ou pertences pessoais na casa - era como se a mulher morasse sozinha.

Eu estava exausto e a mulher me ofereceu um quarto para descansar. Deitado na cama, pude ouvir barulhos estranhos vindos do resto da casa. Parecia que alguém estava se movendo, mas quando me levantei para investigar, não havia ninguém lá.

Tentei dormir, mas não conseguia me livrar da sensação de estar sendo observado. A casa parecia viva, como se escondesse segredos em suas paredes. Eu estava com medo, mas não queria ser rude com a velha que me ofereceu um lugar para ficar. Decidi resistir e tentar descansar um pouco.

Mas então ouvi um grito horripilante vindo de fora do meu quarto. Eu pulei da cama e corri em direção ao som. Encontrei a velha caída no chão em uma poça de sangue, com a garganta aberta.

Fiquei horrorizado e corri de volta para o meu quarto para pedir ajuda, mas meu telefone havia sumido. Procurei na casa inteira, mas não encontrei. Percebi que estava preso em casa com um assassino e precisava encontrar uma maneira de escapar.

Eu revistei a casa novamente, procurando por qualquer pista ou arma que pudesse me ajudar. Foi quando encontrei uma porta escondida no porão. Isso levava a uma sala secreta, cheia de bonecas antigas assustadoras e livros velhos empoeirados.

Ao vasculhar a sala, encontrei um diário que pertencia à velha. Continha entradas perturbadoras sobre sua queda na loucura e como ela havia matado sua própria família e vizinhos para agradar uma entidade demoníaca com a qual ela havia feito um acordo.

Eu soube então que tinha que sair de casa o mais rápido possível. Subi as escadas, mas fui emboscado pelo assassino. Era a velha, ainda viva e empunhando uma faca ensanguentada.

Lutamos, mas consegui dominá-la e fugir de casa. Corri o mais rápido que pude e, por fim, tropecei em uma estrada onde um carro que passava me pegou e me levou para um local seguro.

A polícia investigou a casa da velha e encontrou evidências que a ligavam a vários assassinatos não resolvidos na área. Tive sorte de ter escapado com vida, mas as lembranças daquela noite aterrorizante me assombram desde então. Agora tenho um medo profundo de casas velhas e abandonadas e dos horrores que elas podem conter.

Enquanto está preso no metrô infinito, o maior inimigo pode ser microscópico

Eu sempre tive medo de andar de metrô, mas naquela noite eu não tinha escolha. Precisava chegar em casa rapidamente e o metrô era o meio de transporte mais conveniente.

Entrei no trem vazio e me acomodei em um dos bancos. No início, tudo parecia normal. Mas, depois de algumas estações, percebi que o trem não estava seguindo o caminho habitual. Ele parecia estar indo em círculos, sem parar.

Tentei procurar por uma saída, mas todas as portas estavam trancadas. De repente, percebi algo se movendo em minha perna. Uma pequena criatura, tão pequena que eu mal conseguia ver, estava subindo pela minha calça.

Tentei me livrar dela, mas ela parecia impossível de ser capturada. E então, percebi que haviam dezenas delas, se movimentando por todo o meu corpo. Comecei a entrar em pânico, tentando esmagá-las com minhas mãos, mas elas eram rápidas demais.

Foi quando eu percebi que essas criaturas eram microscópicas e vinham de um lugar que eu não conseguia ver. Eu estava preso em um metrô infinito com uma infestação invisível, sem nenhuma maneira de escapar.

O terror se apossou de mim enquanto as criaturas continuavam a se mover pelo meu corpo. Eu tentava gritar, mas minha voz parecia ter fugido de dentro de mim. Eu estava sozinho e preso, lutando contra um mal invisível.

O trem continuou a circular pela noite, enquanto eu ficava preso em um pesadelo sem fim. Uma lição que nunca esquecerei é que, enquanto estamos presos em um lugar, o maior inimigo pode ser algo tão pequeno e invisível que nossos olhos não conseguem ver.

Finalmente, o trem parou em uma estação desconhecida e as criaturas desapareceram. Eu estava coberto de suor e estremecendo, mas felizmente, consegui me libertar daquele pesadelo.

No dia seguinte, descobri que as criaturas eram alguns tipos de ácaros invisíveis que se espalham em locais fechados, como o metrô. A experiência me ensinou que devemos sempre estar atentos ao que está ao nosso redor, especialmente em lugares fechados e aglomerações, onde doenças e infestações podem se proliferar. 

Desde então, evito andar de metrô sempre que possível e mantive uma higiene mais rigorosa em minha vida. A lição que aprendi naquela noite foi valiosa, mas também me deixou marcado para sempre pelo medo e pela incerteza.

Apesar do medo que a experiência me causou, eu não deixei que isso me paralisasse por completo. Como resultado, comecei a me preparar melhor para me locomover em locais fechados e com grande circulação de pessoas, como o metrô.

Desde aquele dia, sempre levo comigo um pequeno frasco de álcool em gel e lenços umedecidos para usar quando necessário. Também evito tocar em superfícies que pareçam sujas ou mal higienizadas e sempre lavo as mãos quando possível.

Após alguns meses, comecei a me sentir mais seguro dentro de transportes públicos e locais com grande aglomeração de pessoas. Além disso, comecei a valorizar mais a minha saúde e a tomar medidas preventivas para me manter saudável.

A experiência que tive no metrô naquela noite pode ter sido aterrorizante, mas também me ensinou a importância da higiene pessoal e a estar sempre preparado para situações imprevisíveis. Agora, posso me locomover tranquilamente sem deixar o medo me impedir de realizar minhas atividades.

sábado, 3 de junho de 2023

Bruxas

Era uma vez uma pequena cidade no interior do Brasil, onde as bruxas andavam à solta. Elas eram conhecidas por suas práticas diabólicas e temidas pelos habitantes da cidade. Diziam que elas invocavam demônios em seus rituais e que faziam pactos com o Diabo para conseguir seus desejos.

Certa noite, um jovem aventureiro decidiu explorar a floresta ao redor da cidade. Ele não acreditava na existência das bruxas e achava que eram apenas histórias inventadas pelos moradores locais. Mas ele estava enganado.

Enquanto caminhava pela floresta, o jovem começou a ouvir vozes estranhas. Ao olhar ao seu redor, ele viu um grupo de mulheres vestidas de preto dançando ao redor de uma fogueira. Ele ficou aterrorizado ao perceber que elas eram bruxas de verdade.

As bruxas então o viram e, em vez de atacá-lo, decidiram incorporar o jovem em seu coven. As bruxas realizaram um ritual horrível, e o jovem foi possuído pelo demônio. Ele se tornou uma das bruxas controladas pelo diabo.

A partir daquele dia, o jovem passou a vaguear pela cidade, possuído pelo mal que as bruxas haviam invocado. As pessoas da cidade passaram a ver a presença de demônios em todos os lugares, e nada era mais seguro ou sagrado.

As bruxas controladas pelo diabo tornaram-se mais poderosas do que nunca e começaram a espalhar o caos e a destruição pela cidade. Os moradores da cidade se uniram para tentar acabar com o mal, mas era tarde demais.

A cidade se tornou conhecida como a cidade das bruxas, e as pessoas passaram a evitá-la. Dizem que até hoje, as bruxas e o jovem possuído ainda vagam pela cidade, espalhando o terror e a desesperança em todos os que cruzam seu caminho. A cidade das bruxas é deixada para apodrecer no fundo da floresta, um lembrete sombrio e assustador do mal que pode existir em todas as partes do mundo.

E assim, a cidade das bruxas se tornou um lugar amaldiçoado. As pessoas que passam por lá dizem que ainda ouvem as risadas e os cânticos das bruxas durante a noite. E alguns juram ter visto o jovem possuído pelas bruxas, caminhando pelo escuro. É uma história que assombra aqueles que a ouvem, uma história que faz as mães sussurrarem para seus filhos antes de dormir, alertando-os sobre as más escolhas e os perigos que espreitam na floresta.

Rebeca: A Casa Assombrada pelo Demônio

Rebeca sempre fora uma menina estranha. Desde pequena, vivia isolada dos outros, preferindo a solidão de seu quarto em vez de brincar com as outras crianças. Quando seus pais perguntavam o que ela fazia lá dentro, ela respondia que conversava com um amigo imaginário, um tal de "Lúcifer".

Os pais tentaram ignorar a situação, achando que era apenas uma fase, mas as coisas só pioraram com o tempo. Rebeca passou a falar com "Lúcifer" o tempo todo, e suas conversas se tornaram cada vez mais perturbadoras. Os pais tentaram levá-la a um psicólogo, mas todos os médicos que consultavam diziam que ela estava perfeitamente saudável, apesar de seu comportamento estranho.

Um dia, a mãe de Rebeca encontrou um livro antigo escondido debaixo da cama da filha. Ao abrir o livro, descobriu que ele era um grimório, um livro de magia negra. As páginas estavam cheias de desenhos de símbolos estranhos e fórmulas mágicas. Foi então que a mãe percebeu que sua filha havia se envolvido com algo muito perigoso.

A família tentou esconder o livro de Rebeca, mas já era tarde demais. O demônio que ela havia evocado já havia se apossado de sua alma. A menina passou a agir de forma ainda mais estranha, e a família começou a sofrer uma série de fenômenos inexplicáveis: objetos se movendo sozinhos, portas batendo sem nenhum vento, luzes piscando…

Um dia, os pais de Rebeca acordaram com um grito agudo vindo do quarto da filha. Quando entraram no quarto, viram a menina convulsionando no chão, completamente fora de controle. O demônio havia assumido completamente o corpo dela. A mãe tentou se aproximar, mas foi empurrada com tanta força que caiu no chão. Os pais ficaram horrorizados quando a menina começou a flutuar no ar, seus olhos completamente brancos.

Depois de alguns minutos, o corpo de Rebeca caiu inerte no chão. O demônio havia matado a menina e agora estava livre para continuar aterrorizando quem quer que estivesse por perto. Ninguém jamais esqueceria aquela figura pálida flutuando no ar, e o som arrepiante de seu último suspiro. A presença maligna continuaria assombrando aquela casa, e a família nunca mais viveria em paz.

Após a morte de Rebeca, a casa tornou-se um lugar ainda mais sombrio e amedrontador. A presença maligna do demônio tinha se tornado ainda mais forte, como se tivesse encontrado um novo hospedeiro para continuar suas ações perversas.

Os pais de Rebeca ficaram completamente traumatizados, e tiveram que se mudar da casa. Eles sabiam que a presença do demônio permaneceria ali para sempre, e que, se eles ficassem, corriam o risco de serem vítimas dele também.

Anos depois, um grupo de jovens aventureiros decidiu visitar a casa abandonada, em busca de emoções fortes. Eles haviam ouvido rumores de que a casa estava assombrada, e pensaram que seria divertido explorá-la à noite, num clima de mistério e suspense.

No entanto, desde o momento em que eles entraram na casa, sentiram uma presença maligna os observando. Eles ouviam sussurros vindo dos cantos escuros, passos arrastados que pareciam ecoar no vazio, e um cheiro forte de enxofre que dominava todo o ambiente.

Não demorou muito até que um dos jovens fosse possuído pelo demônio. Ele começou a falar em línguas desconhecidas, a contorcer-se de forma grotesca, e a perseguir os outros membros do grupo. Eles tentaram sair da casa, mas a porta estava trancada, como se quisesse impedi-los de escapar.

Finalmente, eles encontraram uma saída através do porão. Mas, quando chegaram lá embaixo, encontraram uma cena ainda mais horripilante. Havia velas acesas, pentagramas desenhados no chão, e restos de animais sacrificados. Era evidente que o demônio que havia tomado conta de Rebeca estava usando a casa para realizar rituais de magia negra.

Os jovens conseguiram escapar a tempo, mas estavam profundamente traumatizados. Eles entenderam que haviam entrado num domínio sobrenatural, onde as forças do mal dominavam. A partir daquele dia, nunca mais ousaram se aproximar daquela casa, e afirmavam que ela permaneceria sempre como um símbolo do horror que vivenciaram.
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Escritor do gênero do Terror e Poeta, Autista de Suporte 2 e apaixonado por Pokémon