Subi as escadas com passos pesados. Quando meu filho ouviu que eu cheguei, ele imediatamente me chamou para o quarto:
- Papai, não consigo dormir, há um monstro lá na janela!
Monstro. Bem, isso era bastante inesperado para uma criança.
- Oh, não se preocupe. São apenas galhos balançando ao vento, você vê?
Eu apontei para o galho batendo na janela. Ele acreditou em mim, se acalmou. O beijei e desejei boa noite.
Finalmente, hora de dormir! Eu mal conseguia manter os olhos abertos de tão cansado. Passei pelo corredor e desabei na cama. Estava exausto, sem espaço para monstros. Amanhã, preciso levar meu filho para a escola na nossa área, onde o matriculei. Preciso comprar o uniforme escolar... Eu mal conseguia pensar.
E então ele me chamou novamente. Inferno, eu amo meu filho, claro, mas também quero dormir!
- Papai, o monstro voltou! - ele gritou.
Eu fui até ele, olhei pela janela - novamente, apenas galhos. Abri a janela e me virei para ele:
- Você vê, é apenas uma árvore, eu disse! Agora vamos dormir, amanhã você tem escola.
Pelo que pude ver, meu filho estava um pouco assustado, mas o que fazer - eu estava cansado demais. Voltei para a cama e caí novamente na macia. Então ouvi choro e percebi que já tinha chegado ao meu limite. Voltei para o quarto dele, puxei o cobertor vermelho e deitei ao lado da criança:
- Tudo bem, vou dormir com você. Se vir o monstro, apenas segure mais forte.
Eu estava de olhos fechados, mas pensamentos estranhos surgiam. Eu comprei lençóis brancos, não foi? Então vi a garganta cortada do meu filho e percebi meu erro. E então ouvi os sons que o monstro fazia, só que não estava mais batendo na janela - eu ouvia passos se aproximando pela janela aberta.
Não aguentei e ri - como eu pude esquecer que não havia árvores no meu quintal?...
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