sexta-feira, 9 de maio de 2025

Sede

Não há riacho por aqui. Nem lago por perto. Só o poço. É a coisa mais antiga do vilarejo. Mais velho que as vigas tortas do salão de banquetes, mais velho até que as histórias mais antigas que a Vó Fenner conta ao pé da fogueira. Mais velho que tudo, exceto, talvez, Lifflin, nossa Dríade, silenciosa dentro do cerne de sua grande árvore. Ela, sim, é ainda mais antiga, tenho certeza. O poço está bem no centro de tudo, sua boca larga e quadrada aberta para o céu. Lajes de pedra largas forram suas bordas, cada uma colocada um pouco mais abaixo que a anterior, estreitando-se à medida que descem. Degrau por degrau, mergulhando no ventre fresco da terra. Úmido, mesmo no auge da florada, mas nunca, jamais lamacento. Sua pedra é polida, ligeiramente côncava no centro, onde inúmeros pés já pisaram. Mesmo numa noite sem lua, você pode descer e subir sem tocha, seus pés reconhecendo cada borda e concavidade familiar.

A fonte termal fumega perto da borda da nossa clareira. Não é o tipo de água que mata a sede, mas um presente para o ofício que meu pai vem me ensinando. Passo a maior parte dos dias lá agora, o calor um formigamento familiar na pele, aprendendo seu ritmo. Escolhendo a melhor madeira de sálvia, de grão reto e firme, sentindo o momento exato em que o sal penetra o suficiente, transformando a madeira clara em algo escuro, duro como sílex, mas mais leve, menos propenso a se partir contra pedra ou osso. Chamamos isso de "endurecido pela fonte". Não é tão simples quanto parece.

Meu pai me prometeu uma lança própria nesta estação, equilibrada para minha mão, com a ponta afiada o suficiente para tirar sangue de uma sombra. Disse que eu estava pronto para a caçada que Lifflin permite a cada lua — uma caçada cuidadosa, apenas o suficiente para manter a carne em nossos ossos sem azedar o humor da floresta. A ideia de caminhar altivo com os caçadores, minha lança sussurrando em meu punho... isso tem sido um fogo no meu peito por muitas estações.

Mas o fogo se apagou quando meu pai voltou do conselho dos anciãos, a testa franzida. Teríamos que endurecer lanças para os garotos mais novos também. Bran, que ainda se encolhe quando o vento sacode o telhado de palha, teria uma. Não era justo. Eu esperei, aprendi a paciência do vapor, o toque da madeira cedendo sua maciez. Por que a pressa? “Nervosismo, rapaz,” meu pai resmungou, sem me olhar nos olhos. “Todos estão inquietos.”

Ele não estava errado. A inquietação vinha se infiltrando como névoa há uma estação, talvez mais. Desde que os melros chegaram. Não apenas alguns, mas um bando, suas penas engolindo a luz, seus olhos como lascas de obsidiana, observando tudo. Sempre observando. Dos telhados das cabanas, dos postes da cerca, dos galhos mais altos da própria árvore de Lifflin. Seu grasnido rasga o silêncio, agudo e incessante. Tente espantar um, e ele apenas pula para o lado, zombando. Jogue uma pedra, e eles se dissolvem no ar, sumindo antes que seu braço complete o movimento. Lifflin proíbe machucá-los, murmuram os anciãos, acariciando suas contas de preocupação. Estranho como eles sempre voam direto para a árvore dela quando assustados, desaparecendo entre as folhas como pensamentos sombrios encontrando seu lar.

Os pássaros são parte disso. A outra parte... é o silêncio onde deveria haver o riso de meninas. Ou assim sussurram os anciãos quando o vinho de amora solta suas línguas. Nunca ouvi isso eu mesmo. Antigamente, os berços abrigavam meninas tão frequentemente quanto meninos. Mas isso mudou há um tempo. Não há jovens mulheres agora... exceto Lifflin, claro. Vejo-a às vezes, ao entardecer ou de manhã cedo, movendo-se silenciosa como sombra ao redor de sua árvore, às vezes sentada num galho, apenas encarando a floresta. Sua pele é como casca pálida ao luar, o cabelo da cor de musgo profundo após a chuva. Bela, sim, mas não de um jeito que convida toques ou olhares famintos. Atemporal. Proibida. Não que eu nunca tenha pensado nisso, mas... não como... bem, a irmã mais velha de Bran. Ela era rápida, de língua afiada, com um sorriso como o sol. Até três luas atrás. Encontraram-na caída no fundo dos degraus do poço, o crânio rachado como uma abóbora derrubada. Escorregou ao buscar água após o anoitecer, disseram. Um acidente. Uma pena triste, muito triste. A água ficou rosada por dias e tinha um gosto estranho por muito tempo depois. Ainda me faz estremecer. Bran... ficou estranhamente calado sobre isso. Não o vi chorar nem uma vez. Só meninos agora. Apenas meninos.

Dizem que é assim desde que as cabras começaram a ficar estranhas. Uma ou duas vezes por estação, um filhote nasce errado, com duas cabeças, membros talvez tortos, geralmente natimorto. Queimado rápido, abafado. Mas neste último ciclo de partos? Três deles. Três coisas horríveis, viscosas e pálidas, balindo silenciosamente por bocas que não deveriam existir. Meu pai precisou de mim para carregar a lenha para a queima. Vi um de perto. Enrolado num couro, as duas cabeças pendendo, perninhas se contorcendo debilmente. Como se tentasse viver, apesar da deformidade. Fez meu estômago revirar. Os melros observavam, zombando, grasnando. Sempre o grasnido.

Talvez toda essa inquietação, todo esse medo silencioso, seja por que Mellafin encontrou espaço para se instalar.

Ela começou a aparecer há sete luas. Uma mulher sem raízes, montando seu pequeno acampamento por alguns dias logo além da borda da clareira, sempre chegando logo após o pôr da lua, que mergulhava a clareira em suas quinze noites de escuridão salpicada de estrelas. No início, os anciãos a mantinham sob a ponta de lanças. Meu pai ficou de guarda ele mesmo, não a deixou se aproximar mais que a velha árvore de sálvia torta. “Já temos estranheza demais,” ele grasnou. “Não precisamos de uma estranha trazendo mais sombras.” Minha mãe concordou, os lábios apertados. “Povo sem raízes anda por caminhos que não entendemos, filho. Carregam coisas que é melhor não encontrar.”

Mas Mellafin... ela era diferente dos sem-raízes sujos e esfarrapados de antes, ou das famílias quebradas fugindo de pragas mais distantes. Era jovem. Sozinha. E bela. Não como a graça fria e vegetal de Lifflin. Mellafin era... terra quente, luz do sol capturada em cabelos de mel, olhos da cor de musgo logo após a chuva. Sua forma sob a túnica simples de tecido... curvas que prometiam suavidade, maturidade, um calor que faltava cruelmente ao vilarejo. Ou assim os rumores logo se espalharam. Eu ainda não a tinha visto com meus próprios olhos.

Ela continuou voltando, lua após lua. Paciente. Nunca forçando. Tinha coisas que precisávamos — remédios que baixavam febres, especiarias que despertavam o sabor monótono das raízes armazenadas, sais raspados de cavernas distantes. Meu pai foi até ela uma vez, desesperado, quando minha mãe ardia com a doença dos gritos. Mellafin deu a ele um chá, escuro e perfumado. Minha mãe dormiu profundamente, acordou curada. Depois disso, a desconfiança não sumiu, mas amoleceu. Os homens começaram a ir negociar, um a um. Mellafin insistia. “Uma mulher sozinha,” dizia, com voz suave como pétalas, “encarando um grupo de homens fortes? Não me sentiria segura. Vocês entendem.” Fazia sentido. Ela podia ser roubada de seus pertences. Ou de sua dignidade. Então, eles iam sozinhos. Trocavam ferramentas, entalhes, alguns feitos dos melhores chifres que tínhamos, até flores — o véu-sussurrante azul-pálido que só cresce perto das raízes de Lifflin. Mellafin valorizava essas. “Me lembram um lugar que perdi,” disseram que ela falou.

Os anciãos finalmente ofereceram a ela um espaço dentro da clareira, perto da borda. Mas ela recusou, educada, mas firme. Sorriu aquele sorriso de parar o coração. “Muitos estranhos aqui,” disse, apontando para os homens do vilarejo. “Do meu ponto de vista, entende? Uma mulher sozinha se sente mais segura mantendo seu próprio fogo. Não posso ser uma cabra num cercado com lobos, mesmo os amigáveis.” Parecia sábio. Não impedia os homens de olhar, porém. Não me impedia.

Eu precisava vê-la de perto. Precisava saber se os sussurros ofegantes eram verdadeiros. Minha mãe precisava de mais chá para febre. Uma boa desculpa. Consegui encontrar um pouco de véu-sussurrante. A clareira estava quase toda colhida, exceto a área perto de Lifflin, onde ninguém ousava. O acampamento de Mellafin parecia... diferente. Mais limpo que o chão da floresta, o ar com um leve perfume de flores desconhecidas e fumaça de lenha. E ela... era luminosa. De perto, sua pele parecia capturar uma luz que não estava lá. Seus olhos verdes como musgo seguraram os meus, uma faísca de calor em suas profundezas. Seus dedos roçaram os meus ao pegar as flores. Um choque, agudo e doce, subiu pelo meu braço. Ela me deu o chá e um punhado de sal que tinha gosto de relâmpago na língua.

Depois disso, arrumei pretextos. Troquei meu primeiro entalhe endurecido pela fonte — um urso terrível — por especiarias que fizeram o faisão ter gosto de sol. Compartilhei com a família de Bran no banquete; lembro da excitação da irmã dele, e seu sorriso de gratidão. Não a olhei por muito tempo, para que o pai dela não notasse. Mas fiquei feliz que ela pôde provar aquilo antes do acidente... Mellafin começou a me chamar pelo nome. Sorria só para mim, parecia. Perguntava sobre meu treinamento com meu pai, elogiava meus braços que se fortaleciam. Comecei a pensar... talvez eu fosse o favorito dela.

Então, na última lua, veio o pedido estranho. Ela se inclinou para perto, seu perfume de amoras esmagadas e terra úmida enchendo minha cabeça. Sua voz baixou para um sussurro. Poderia eu fazer um favor a ela? Uma tarefa secreta? Ela pressionou uma pedra pequena, lisa e escura na minha palma. Era anormalmente fria. “Uma semente, de certa forma,” murmurou. “Precisa de cuidado. Você poderia enterrá-la para mim? Perto do cerne, a grande árvore de Lifflin. Não muito perto, mas fundo, logo além da copa.” Seus olhos seguraram os meus, sérios agora. “E... regá-la. Só uma vez. Com sangue fresco de cabra. Uma xícara pequena, dos abates. Uma antiga bênção sem-raízes, pela saúde do solo, pelo florescimento da comunidade.”

Meu estômago se revirou. Enterrar uma pedra estranha perto do cerne sagrado de Lifflin? Regá-la com sangue? Parecia profundamente errado. Uma violação. “Por quê?” gaguejei. Ela suspirou, um som suave. “Seu vilarejo parece... precário. Os animais nascendo errados, a falta de vida jovem... Isso é uma forma de pedir equilíbrio à terra. Um gesto de esperança.” Ela sorriu então, aquele sorriso suave e cativante. “Pense nisso como... plantar uma semente de boa sorte. Para todos nós.”

Para todos nós. Parecia... útil. Talvez até necessário. Mas o sentimento de errado persistia. Até que pensei em Bran. Vi-o desfilando pelo poço após sua última visita a Mellafin, tocando o rosto, um sorriso secreto e convencido nos lábios. Ouvi os sussurros — Mellafin o havia beijado. Beijado Bran! O que ele poderia ter oferecido? Ele entalha como se estivesse cortando lenha, a família dele não tem nada. Bem, exceto pela irmã, que eles protegiam de todos nós, garotos, como formigas protegem sua rainha. O ciúme queimou como brasas engolidas. Se Bran ganhou um beijo... o que eu poderia ganhar fazendo essa tarefa vital e secreta? Mais que um beijo. Um toque? A ideia de seu peito macio sob minhas mãos, o calor imaginado... isso ofuscou o medo, o errado.

“Vou fazer,” ouvi-me dizer, as palavras grossas na garganta.

Roubar o sangue foi fácil, um mergulho rápido de um chifre enquanto o açougueiro discutia as partilhas. Nunca usam tudo para linguiças mesmo. Enterrar a pedra naquela noite foi como nadar em água espessa. O ar perto do cerne zumbia, vigilante. A terra cedeu facilmente sob a pá que eu mesmo endureci. Cavei rápido, joguei a pedra fria dentro, derramei o sangue quente e pegajoso sobre ela. Foi absorvido instantaneamente, deixando uma mancha escura que pareceu pulsar por um momento antes de se fundir ao musgo. Parecia plantar um pedaço da noite no coração do nosso lar.

Na noite antes de Mellafin voltar, o pôr da lua deixou o céu um derramamento de tinta salpicado de estrelas. Saí da casa redonda para urinar, o ar fresco e parado. Algo desceu flutuando da escuridão acima, silencioso como o voo de uma coruja. Pousou suavemente perto dos meus pés. Brilhando. Uma luz branca perolada, pulsando suavemente como um batimento capturado. Ajoelhei-me, a respiração presa. Uma flor de pétala-lunar. Perfeita, com cinco pétalas, irradiando uma luminescência fria. Os anciãos contavam histórias sobre elas, flores de alta magia, encontradas apenas em picos cobertos de névoa ou no topo do dossel profundo, brilhando com a própria luz da lua. Nunca aqui embaixo. Olhei para cima. Nada além da escuridão sem lua e estrelas fracas. Então, um único grasnido agudo ecoou. Um melro? Teria deixado isso cair?

Meu coração disparou. Um sinal? Uma recompensa? Sorte cega? Eu fiz a tarefa, corri o risco. E agora isso. Um tesouro além do imaginável. Se eu apresentasse isso a Mellafin... Esqueça Bran. Esqueça os outros. Isso provaria meu valor, minha devoção. Um beijo? Um toque? Não, algo mais, certamente. Amanhã... talvez ela me deixasse ficar ao seu fogo, compartilhar seu cobertor... O pensamento incendiou minhas veias. Cuidadosamente, com reverência, guardei a flor brilhante num saquinho de couro macio, escondendo sua luz.

Esperar parecia impossível. Eu tinha minha lança agora, dura e fiel, encostada na parede. Não era mais um menino. Não tinha medo do caminho escuro. Naquela noite, iria até ela. Encontrar seu acampamento. O brilho da pétala-lunar seria deslumbrante na escuridão absoluta. Uma oferenda perfeita.

A floresta parecia diferente sabendo que eu carregava lança e magia. Os sons pareciam menos ameaçadores, as sombras menos profundas. Seu pequeno fogo piscava à frente, uma centelha acolhedora. Ela estava sentada ao lado, cantarolando suavemente, moendo algo numa tigela de pedra. Ergueu os olhos quando me aproximei, seu sorriso imediato, radiante. “Meu bravo caçador,” murmurou, a voz como mel quente. “Aventurando-se na escuridão profunda?”

Minha mão tremia ao alcançar o saquinho. “Trouxe algo para você,” disse, entrando na borda da luz do fogo. “Algo... raro.” Tirei a pétala-lunar.

Sua luz floresceu, suave mas insistente, afastando o tremeluzir laranja do fogo, banhando-nos em seu brilho prateado e frio.

Ela arquejou e recuou, a mão voando para cima como se a pequena flor fosse uma cascavel pronta para morder. “O que é—?”

E na luz pura da pétala-lunar, eu vi. Realmente vi. A mão que ela ergueu não era lisa e adorável. Era murcha, verde-acinzentada, a pele esticada sobre nós afiados e nodosos. Dedos longos, terminados em garras grossas e curvadas como lascas de sílex preto.

A respiração engasgou na minha garganta. Cambaleei para trás, deixando a pétala-lunar cair no musgo entre nós. Onde sua luz a tocava, a ilusão se desfazia — a mão com garras, a sugestão de algo predatório sob seu rosto belo. Onde a luz do fogo ainda tremeluzia do outro lado, ela permanecia Mellafin, quente e convidativa. Duas criaturas numa só forma.

Sua expressão mudou, o calor evaporando como névoa. Substituído por algo frio, afiado, furioso. Ela ergueu a mão murcha, as garras flexionando. Por um segundo aterrorizante, pensei que ela me atacaria.

Então, um som. Não de seus lábios, mas rasgando o ar ao nosso redor. Um grasnido gutural e áspero, transformando-se horrivelmente em fala humana. “Kaa... Kaa... Grinalin... Grinalin... Kaa!” Seus olhos se arregalaram, uma centelha de confusão, até medo, cruzando seu rosto belo antes que a máscara predatória voltasse.

Não pensei. Virei e corri. Primeiro arrastando-me para trás, depois girando e mergulhando na escuridão absoluta além do fogo, minha lança esquecida no chão. Trombei em samambaias, tropecei em raízes, o som daquele grito horrível e a imagem daquela mão com garras queimando atrás dos meus olhos. Não parei até irromper na penumbra familiar da nossa clareira, ofegante, o coração batendo contra as costelas como um pássaro preso.

Não ousei recuperar minha lança até o sol alto, depois que a lua subiu novamente. O acampamento havia sumido sem deixar vestígios. Como se nunca tivesse existido. E Mellafin não voltou. Nem naquele pôr da lua. Nem no próximo. Ela se foi.

A vida voltou ao seu ritmo inquieto. Meu pai me deu um tapa no ombro, orgulhoso das três lanças que fiz. “Bom equilíbrio. Leves o suficiente para arremessar até o meio da clareira,” elogiou. Demos as lanças aos garotos mais novos. Melhor assim, agora estou convencido. Nossa clareira pode ser estranha, mas há coisas mais estranhas lá fora. Coisas assustadoras. Boas lanças acalmam os nervos. Quanto mais, melhor.

Os melros ainda observam e grasnam. Empoleirados em todas as casas redondas em alguns dias, assustando os faisões. Outra cabra deu à luz filhotes deformados. Nenhuma menina nasceu. Nunca contei a ninguém o que vi. Quem acreditaria? Me culpariam por sair escondido, por procurá-la sozinho após o anoitecer. Talvez pensassem que a enfureci, que a expulsei. Estão bravos com isso. Sedentos. Não é o tipo de sede que a água do poço pode saciar.

1 comentários:

Anônimo disse...

A história é uma é uma narrativa envolvente e atmosférica, que mistura elementos sobrenaturais, folclore e tensão crescente em um vilarejo isolado. O texto cria um ambiente denso e misterioso, com símbolos como o poço antigo, a dríade Lifflin, os melros observadores e a enigmática Mellafin, que traz uma aura de perigo e sedução. A trama explora temas como o medo do desconhecido, a perda da inocência (ausência de meninas no vilarejo), deformidades nas cabras e a inquietação crescente entre os moradores, culminando em um encontro perturbador que revela uma criatura disfarçada sob a forma humana.

O conto é eficaz ao construir suspense e horror psicológico, usando descrições detalhadas e sensoriais para envolver o leitor no clima sombrio da floresta e do vilarejo. A ambiguidade sobre Mellafin, que parece tanto uma salvadora quanto uma ameaça, reforça o terror latente e o sentimento de que algo maligno está enraizado na terra. A presença dos melros e o simbolismo da pétala-lunar acrescentam uma camada mística que amplia a sensação de que forças antigas e perigosas atuam no cenário.

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